No mundo todo existe um grande número de
espécies de carrapatos adaptados a se alimentar
de sangue de répteis, aves e mamíferos, e conseqüentemente os cães são alvos
freqüentes de carrapatos. No Brasil encontram-se dois gêneros parasitando os
cães: Rhipicephalus e Amblyomma. Cada grupo com características distintas de biologia e medidas de controle.
O ciclo-de-vida dos carrapatos, independentemente da espécie, possui três estágios: larva, ninfa e adulto. O ato de se alimentar de sangue (hematofagia) ocorre necessariamente em todos os estágios e a muda (ou ecdise), processo peloespécies de carrapatos adaptados a se alimentar
de sangue de répteis, aves e mamíferos, e conseqüentemente os cães são alvos
freqüentes de carrapatos. No Brasil encontram-se dois gêneros parasitando os
cães: Rhipicephalus e Amblyomma. Cada grupo com características distintas de biologia e medidas de controle.
qual a proteção externa (exoesqueleto) é substituída com a finalidade de permitir o crescimento do corpo, ocorre fora do corpo do cão, ou seja no ambiente (solo, frestas, etc). Portanto em cada fase da vida o carrapato precisa se desprender do cão, cair no solo, se diferenciar no estágio seguinte e novamente subir no hospedeiro.
O carrapato Rhipicephalus sanguineus
é a única espécie do gênero que conseguiu se estabelecer nas Américas e são parasitas primários
de cães. Eles são carrapatos com origem na região Afrotropical e vieram junto com os animais domésticos na época da colonização.
Atualmente são encontrados em todas as regiões zoogeográficas do mundo, sendo vetores naturais das doenças Babesiose canina e Erliquiose canina, causadas respectivamente pelas bactérias Babesia canis e Ehrlichia canis.
Uma das principais características dessa espécie é o hábito de permanecer constantemente nos abrigos como ninhos, tocas e buracos freqüentados pelos canídeos. No ambiente urbano esses carrapatos conseguiram se adaptar
perfeitamente, utilizando-se de frestas de muros, canis, casinhas e buracos em paredes para abrigar as fases não-parasitárias. No ambiente rural podem ser encontrados geralmente próximos ao local que serve de dormitório para o cão.O controle dessa espécie compreende a aplicação de produto carrapaticida no animal e a aplicação de produtos domissaniantes no ambiente onde o cachorro é abrigado. A não utilização de medidas profiláticas e curativas em ambientes infestados com R. sanguineus pode propiciar, além das doenças anteriormente descritas, sérios problemas no animal como anemia, irritação local, dermatite e coceira
DÚVIDAS FREQUENTES
1.Os carrapatos dos cães podem transmitir a febre maculosa?
As principais espécies de carrapatos que estão envolvidas na transmissão da bactéria da Febre Maculosa são: Carrapato-estrela (Amblyomma cajennense) e Carrapato-amarelo-do-cão (Amblyomma aureolatum). O Carrapato-estrela, como dito no texto, é encontrado principalmente em cavalos e capivaras, sendo os cães parasitados acidentalmente. Já em relação ao Carrapato-amarelo-do-cão pode-se dizer que em algumas áreas os cães são os hospedeiros primários de sua fase adulta, tendo um importante papel na disseminação e manutenção desta espécie em áreas como na periferia da cidade de São Paulo.
Por isso sempre faça uma vistoria em seu cão em busca de eventuais carrapatos. E mais um lembrete os carrapatos tem que se infectar com a bactéria para ter a chance de transmitir a Febre Maculosa, por isso não são todos os indivíduos de uma população de carrapatos que estão infectados.
2. Cães podem ser vítima desta doença?
Sim, os cães podem ser vítimas de Febre Maculosa, pois são hospedeiros acidentais, como O homem, sendo os reservatórios alguns animais silvestres como por exemplo roedores.
Os sintomas desta doença nos cães são: febre, falta de apetite, vômitos, manchas na mucosa, conjuntivite, diarréia, perda de peso e desidratação. Geralmente os cães conseguem superar a doença e ficam imunes a estas bactérias.
O cão não transmite Febre Maculosa.
3. Moro em apartamento e meu cão nunca sai de casa. Mas descobri carrapatos nele. Como é possível isso?
O seu cão, mesmo nunca saindo do apartamento, pode ser infestado por carrapatos da espécieRhipicephalus sanguineus provenientes de cães de apartamentos vizinhos.
Nas fases não-parasitárias estes carrapatos procuram locais escuros para se abrigar e tem o comportamento de subir paredes e muros, sendo difícil encontrá-los no chão.
Entretanto neste caso, pior do que uma infestação de carrapatos e deixar um cão preso no apartamento e sem contato com outros animais, ambientes e pessoas.
4.Existe perigo dos carrapatos dos cães transmitirem doenças aos homens? A babesiose é transmitida ao homem?
De todas doenças descritas no texto a única que pode ser transmitida ao homem é a Febre Maculosa, onde o cão e o homem são hospedeiros acidentais. Portanto em um passeio pela mata em uma área endêmica de Febre Maculosa você tem as mesmas chances que o seu cachorro de entrar em contato com um carrapato do gênero Amblyomma contaminado com a bactéria Rickettsia. Não existem relatos de Babesiose canina e a Erliquiose canina no homem.
5. Na minha casa os carrapatos estão subindo pelas paredes! Qual é o método mais eficiente de eliminar os carrapatos do ambiente? O que é a vassoura-de-fogo?
O melhor método de combate ao carrapato Rhipicephalus sanguineus é a adoção de estratégias ao mesmo tempo no ambiente e no animal. Produtos carrapaticidas de uso tópico ou spray devem ser usados nos cães com a frequência recomendada pelo fabricante do produto. Para o ambiente deve ser usado produtos a base de piretróides nos locais frequentados pelos cães. Esta aplicação no ambiente só deve ser realizada por empresas de controle de pragas. No ambiente externo pode ser utilizado vassoura-de-fogo que consiste de um maçarico cuja função é esterilizar toda área onde possa conter carrapatos ou outros parasitas, tendo como principal vantagem não contaminar o ambiente com substâncias tóxicas,entretanto não tem ação preventiva.
6. A Erliquiose e a Babesiose tem cura?
Segundo a literatura um cão pode ser curado de Babesiose.
Entretanto um cão doente com Ehrlichiose mesmo depois de tratado pode voltar a ter sintomas caso tenha uma
deficiência imunológica decorrentes de stress ou doenças intercorrentes.